O que fazer?
A possível ameaça oferecida pelas variantes lingüísticas à norma culta alimenta debates na sociedade. A depender da intenção da fala e do interlocutor, flexibilizar a formalidade da linguagem favorece ao discurso. Entretanto, há quem afirme que essa maleabilidade linguística empobrece a língua padrão e propicia o falar errado. Então, como a escola deve se posicionar quanto ao ensino da língua?
As instituições educacionais visam à formação de cidadãos capazes de compreender a realidade em que vivem e atuar na sociedade. Para tanto, é importante dominar a língua-referencial, com o fim de ampliar as possibilidades de comunicação, assim como considerar as variantes linguísticas, reveladoras da individualidade humana e características inerentes à sociedade de classes. Faz-se necessário, por isso, um ensino formal que respeite as singularidades.
Contudo, conciliar a instrução da norma culta com o uso das variantes linguísticas pode viabilizar os preconceitos lingüísticos. A eleição de uma língua-modelo representa, diante disso, a redução das desigualdades interpessoais, uma vez que a fala denuncia padrão socioeconômico, nível intelectual, naturalidade. Nisso se aplica a frase de Franz Kafka: ?A única coisa que temos de respeitar, porque ela nos une, é a língua?.
Portanto, é dever da escola ensinar a norma culta sem desmerecer as variações da linguagem. Conhecê-las e utilizá-las adequadamente confere competência linguística ao seu professor, mas indissociar uma de outra dificulta o relacionamento interpessoal. Enfim, é necessário tolerar o saber individual e limitar seu uso ao comprometimento da língua padrão.
A possível ameaça oferecida pelas variantes lingüísticas à norma culta alimenta debates na sociedade. A depender da intenção da fala e do interlocutor, flexibilizar a formalidade da linguagem favorece ao discurso. Entretanto, há quem afirme que essa maleabilidade linguística empobrece a língua padrão e propicia o falar errado. Então, como a escola deve se posicionar quanto ao ensino da língua?
As instituições educacionais visam à formação de cidadãos capazes de compreender a realidade em que vivem e atuar na sociedade. Para tanto, é importante dominar a língua-referencial, com o fim de ampliar as possibilidades de comunicação, assim como considerar as variantes linguísticas, reveladoras da individualidade humana e características inerentes à sociedade de classes. Faz-se necessário, por isso, um ensino formal que respeite as singularidades.
Contudo, conciliar a instrução da norma culta com o uso das variantes linguísticas pode viabilizar os preconceitos lingüísticos. A eleição de uma língua-modelo representa, diante disso, a redução das desigualdades interpessoais, uma vez que a fala denuncia padrão socioeconômico, nível intelectual, naturalidade. Nisso se aplica a frase de Franz Kafka: ?A única coisa que temos de respeitar, porque ela nos une, é a língua?.
Portanto, é dever da escola ensinar a norma culta sem desmerecer as variações da linguagem. Conhecê-las e utilizá-las adequadamente confere competência linguística ao seu professor, mas indissociar uma de outra dificulta o relacionamento interpessoal. Enfim, é necessário tolerar o saber individual e limitar seu uso ao comprometimento da língua padrão.