O automóvel enquanto arma
Quem não conhece a estória do médico e o monstro? Nela, o Dr. Jekyll, um pacífico e afável médico, após ingerir uma poção, se transforma em Mr. Hyde, um monstro belicoso e irascível. Transformação igual é o que parece acontecer com algumas pessoas quando assumem o volante de um automóvel.
Já faz algum tempo que a psicologia detectou esse estranho fenômeno comportamental. Indivíduos que em suas vidas privadas eram tranquilos e cordiais, quando assumiam a posição de motorista, se transformavam em tiranos egoístas e agressivos. É como se o automóvel assumisse dois papéis simultâneos no inconsciente dos condutores: o de arma e de escudo. Como arma o veículo confere a quem o controla uma sensação de poder sobre os demais indivíduos. Já como escudo, ele parece ser capaz de garantir o anonimato e a proteção física de quem ocupa seu interior, gerando no motorista a crença de estar imune aos julgamentos e retaliações do mundo externo.
Vários casos recentes, noticiados pela mídia, parecem confirmar esse fenômeno. Em um deles, após um pequeno acidente entre dois carros, sem maiores consequências do que um par de faróis quebrados, um dos motoristas descarregou uma arma no outro automóvel, ferindo uma criança e matando uma mulher grávida. Em outro caso trágico, após ter seu carro fechado por outro automóvel, um homem perseguiu o motorista descuidado e o atropelou quando este desceu do veículo. Em ambos os casos os envolvidos não tinham ficha policial e eram considerados pacíficos e afáveis.
Antes de tudo, o combate a esse tipo de comportamento deve passar por campanhas informativas e educativas, que procurem deixar claro para os cidadãos seus direitos e deveres no trânsito. A punição para o comportamento violento atrás do volante também deve ser exemplar. Além disso, é preciso que se discuta a possibilidade de ampliação dos testes realizados quando se pretende tirar a habilitação de motorista, para que avaliem também a capacidade psicológica do candidato em lidar com situações de conflito no trânsito.
OBS.:
¹- Pessoalmente eu não gosto do 3º parágrafo. Acho ele apelativo e desnecessário, escrevi tentando seguir o esquema de 4 parágrafos que foi sugerido e também na tentativa de fundamentar um pouco mais a argumentação. O que vocês acham? Melhor com ele ou sem ele?
²- Por favor, se possível, avaliem e comentem a redação.
Obrigado!
Quem não conhece a estória do médico e o monstro? Nela, o Dr. Jekyll, um pacífico e afável médico, após ingerir uma poção, se transforma em Mr. Hyde, um monstro belicoso e irascível. Transformação igual é o que parece acontecer com algumas pessoas quando assumem o volante de um automóvel.
Já faz algum tempo que a psicologia detectou esse estranho fenômeno comportamental. Indivíduos que em suas vidas privadas eram tranquilos e cordiais, quando assumiam a posição de motorista, se transformavam em tiranos egoístas e agressivos. É como se o automóvel assumisse dois papéis simultâneos no inconsciente dos condutores: o de arma e de escudo. Como arma o veículo confere a quem o controla uma sensação de poder sobre os demais indivíduos. Já como escudo, ele parece ser capaz de garantir o anonimato e a proteção física de quem ocupa seu interior, gerando no motorista a crença de estar imune aos julgamentos e retaliações do mundo externo.
Vários casos recentes, noticiados pela mídia, parecem confirmar esse fenômeno. Em um deles, após um pequeno acidente entre dois carros, sem maiores consequências do que um par de faróis quebrados, um dos motoristas descarregou uma arma no outro automóvel, ferindo uma criança e matando uma mulher grávida. Em outro caso trágico, após ter seu carro fechado por outro automóvel, um homem perseguiu o motorista descuidado e o atropelou quando este desceu do veículo. Em ambos os casos os envolvidos não tinham ficha policial e eram considerados pacíficos e afáveis.
Antes de tudo, o combate a esse tipo de comportamento deve passar por campanhas informativas e educativas, que procurem deixar claro para os cidadãos seus direitos e deveres no trânsito. A punição para o comportamento violento atrás do volante também deve ser exemplar. Além disso, é preciso que se discuta a possibilidade de ampliação dos testes realizados quando se pretende tirar a habilitação de motorista, para que avaliem também a capacidade psicológica do candidato em lidar com situações de conflito no trânsito.
OBS.:
¹- Pessoalmente eu não gosto do 3º parágrafo. Acho ele apelativo e desnecessário, escrevi tentando seguir o esquema de 4 parágrafos que foi sugerido e também na tentativa de fundamentar um pouco mais a argumentação. O que vocês acham? Melhor com ele ou sem ele?
²- Por favor, se possível, avaliem e comentem a redação.
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