O trabalho escravo no Brasil: uma realidade intrigante.

A abolição da escravatura no Brasil oficialmente se deu em mil oitocentos e oitenta e oito. E muito foi o sofrimento dos povos que passaram por esta triste realidade trabalhista, atendendo sempre ao lucro desmedido dos seus senhores. Na atualidade, o que vigora é outro tipo de trabalho escravo, sem grilhões e açoites que predominavam até a abolição da escravatura negra.

Desde que os colonizadores portugueses chegaram ao país e escravizaram o nativo brasileiro, muitas transformações ocorreram no modo e no personagem escravizado. Do pau-brasil, passando pelo café, pelo extrativismo mineral e chegando ao carvão.

Arestora, a escravidão se dá por meio dos grandes latifundiários que empregam trabalhadores mais pobres e lhes impõe duras condições de trabalho. Jornadas muito longas, péssimas condições sanitárias e de proteção individual e coletiva, má alimentação e precárias condições de moradia são algumas das realidades enfrentadas por esses trabalhadores.

Os grandes carvoeiros da Amazônia, principalmente, apelam por este tipo de trabalho que lhes é vantajoso e lucrativo. Muitas vezes ameaçam seus empregados e lhes impõe severas obrigações, sob a vigilância de capangas. Os empregados muitas vezes têm que trabalhando, pagar suas "dívidas" contraídas com alimentação, moradia e transporte.

Tudo isso evidencia a ganância humana e reflete uma sociedade pouco voltada ao altruísmo. Os trabalhadores são tratados como meras mercadorias de seus patrões, que, muitas vezes, renegam os direitos humanos e vêem seus semelhantes com indiferença. O Estado têm obrigação de promover maior fiscalização e investir nas áreas mais pobres do país, que são grande fornecedoras de mão de obra pra esse mercado de trabalho escravo que ronda a sociedade, infelizmente.


Ulysses Fioresi.


Usei o arestora que vi em alguma redação por aqui se não me engano rsrsr'. Conto com a colaboração de vocês nas melhorias dessa redação. Obrigado.

Ois,
Algumas sugestões de melhorias:

"A abolição da escravatura no Brasil[,] oficialmente[,] se deu..."

"...sem [os] grilhões e [os] açoites..."

"muitas transformações ocorreram no modo [?] e no personagem escravizado."

Eu reescreveria o parágrafo dois. Em minha opinião falta um conectivo de ideia entre a primeira e a segunda frase.

"Arestora, a escravidão se dá por meio dos grandes latifundiários que empregam trabalhadores mais pobres e lhes impõe duras condições de trabalho. Jornadas muito longas, péssimas condições sanitárias e de proteção individual e coletiva, má alimentação e precárias condições de moradia são algumas das realidades enfrentadas por esses trabalhadores."

"Os grandes carvoeiros da Amazônia, principalmente, apelam..." Eu não deixaria o principalmente, deixou a frase estranha, como se você tivesse esquecido de alguma informação.

Os empregados muitas vezes têm que[,] trabalhando, pagar suas "dívidas" ..." Aqui, eu sugiro: trabalhar para pagar as dívidas...

Bem, gostei da sua redação, sua argumentação está muito boa. Parabéns.

Bjoo

"(...)da escravatura negra." tenta usar um sinônimo aqui, para não ficar repetitivo

"chegaram ao país e escravizaram o nativo brasileiro" Na verdade, a escravização dos índios ocorreu, porém de forma clandestina - e muito disso, se deve aos bandeirantes centenas de anos após a colonização. Contudo, o que movia a economia de portugal e, consequentemente, financiavam as expedições e nagegações do século XVI e XVII era a venda de escravos negros! Fica esperto nos contextos históricos, belezinha?

"(...)chegando ao carvão." então, sugiro que ao invés do "chegar" ao carvão, que esse paragráfo termine com você chegando no tipo de escravização moderna, pois assim a ligação entre o próximo parágrafo fica mais sólida. ---AAAHH uma observação aqui, agora que reli seu texto, percebi que você quis dizer que a escravidão no carvão é a forma mais moderna de escravidão. Se é isso que você quer dizer, deixa mais claro, mas não se esqueça que não é somente no carvão que temos escravos modernos, citando alguns exemplos: a prostituição de estrangeiras, confecções clandestinas na metrópole paulista (em especial, vitimando sulamericanos), extratisvismo no Pará etc.). Acessa o site do OIT Brasil lá tem um link comentando sobre trabalho escravo

"Os empregados muitas vezes têm que, trabalhando, pagar suas "dívidas" contraídas com alimentação, moradia e transporte." Bom, o trecho fica correto com a vírgula mas fica estranho, então tenta remodelar isso. sugestão: os trabalhadores tem que pagar suas dívidas através do seu trabalho, entre outras possibilidades...
Outra coisa: o "dívidas" está muito vago, acho que daria pra explorar melhor a forma como se processa essa escravidão, aposto que você tem conhecimento pra isso, e mais um período agregado com esse faria mais sentido e daria mais articulação para seu argumento.


"que, muitas vezes,-(toda vez que um empregador escraviza seu subordinado ele está, automaticamente, renegando os direitos humanos) renegam os direitos humanos e veem (novo acordo ortográfico) seus semelhantes com indiferença.

"que são, infelizmente, grande fornecedoras de mão de obra pra esse mercado de trabalho escravo que ronda a sociedade."


Essa sem dúvida é a melhor redação que você fez, fico feliz por isso cara! parabéns manda outra aí depois!

Muito obrigado evair, estarei postando mais uma daqui a pouco. Tentarei melhorar com certeza!

Estou muito feliz com a qualidade deste fórum , tanto de quem escreve , como de quem corrige.

Também quero deixar meu ''pitaco'' em sua correção, ulysses.

Desde que os colonizadores portugueses chegaram ao país e escravizaram o nativo brasileiro, muitas transformações ocorreram no modo e no personagem escravizado. Do pau-brasil, passando pelo café, pelo extrativismo mineral e chegando ao carvão.

Arestora, a escravidão se dá por meio dos grandes latifundiários que empregam trabalhadores mais pobres e lhes impõe duras condições de trabalho. Jornadas muito longas, péssimas condições sanitárias e de proteção individual e coletiva, má alimentação e precárias condições de moradia são algumas das realidades enfrentadas por esses trabalhadores.

Na minha opinião, você poderia juntar esses dois parágrafos. Assim , seu texto ficaria mais ''amarrado''.

Outra coisa, não gostei do uso desse conectivo ''arestora''.. nunca ouvi falar.. o que é? É melhor manter o ''feijãozin com arroz'' que já tá ótimo!


Bom texto , porém devo-lhe lembrar que a redação do enem pede propostas de solução, e você limitou-se apenas a descrever uma situação.