No momento histórico em que recursos naturais se consolidam como as maiores riquezas de uma nação, o Brasil, corre na contramão de um planejamento sustentável. Nesse cenário emerge das águas do Xingu uma monstruosa obra, a hidroelétrica de Belo Monte, capaz de torna-se símbolo de uma política de "primarização" da economia.
Essa obra tem sido apresentada como a solução do governo para umasuposta escassez de energia futura. Entretanto, ela funcionaria com potência máxima somente durante 4 meses, devido a hidrologia do Xingu. Logo, para atingir a eficácia anunciada, a obra pressupõe a construção de outras hidroelétricas, aumentando, assim, os danos ambientais e a população atingida, que não possuem compensações razoáveis elucidadas no projeto. Porém, o governo prefere dar prioridade à megausina perante soluções alternativas, como a modernização das usinas já existentes, que aumentaria a produção de energia nacional a um custo bem inferior.
Além disso, Belo Monte não prioriza a população, mas o consumo das empresas eletrointensiva, que utilizam eletricidade da ordem do absurdo, como a indústria do alumínio primário. Atualmente, o Brasil produz 1,7 milhões de toneladas desse produto, com a expectativa de que dobre nos próximos 10 anos, em um processo de devastação ambiental assustador para exportá-lo a preços ínfimos. O japão, em 1980, parou de ampliar sua produção de alumínio primário para dar importância aos produtos com valor agregado, hoje os japoneses exportam alumínio em chips, assim, mantiveram o crescimento econômico e diminuíram a demanda de eletricidade. No sentido oposto, o Brasil aumenta o consumo de energia a título de desenvolvimento enquanto retrocede para uma economia de exportação de bens primários.
Portanto, é evidente que por uma política sustentável o governo deveria valorizar a eficiência. Logo, a modernização das hidroelétricas de Ilha Solteira e Furnas, por exemplo, poderiam suprir a necessidade de construir outras, se paralelamente a isso a economia se desenvolver, deixando de se basear em exportação de produtos primários, que exauri a biodiversidade brasileira, para investir em tecnologia.
______________________________________________________________________________________
Essa obra tem sido apresentada como a solução do governo para uma
Além disso, Belo Monte não prioriza a população, mas o consumo das empresas eletrointensiva, que utilizam eletricidade da ordem do absurdo, como a indústria do alumínio primário. Atualmente, o Brasil produz 1,7 milhões de toneladas desse produto, com a expectativa de que dobre nos próximos 10 anos, em um processo de devastação ambiental assustador para exportá-lo a preços ínfimos. O japão, em 1980, parou de ampliar sua produção de alumínio primário para dar importância aos produtos com valor agregado, hoje os japoneses exportam alumínio em chips, assim, mantiveram o crescimento econômico e diminuíram a demanda de eletricidade. No sentido oposto, o Brasil aumenta o consumo de energia a título de desenvolvimento enquanto retrocede para uma economia de exportação de bens primários.
Portanto, é evidente que por uma política sustentável o governo deveria valorizar a eficiência. Logo, a modernização das hidroelétricas de Ilha Solteira e Furnas, por exemplo, poderiam suprir a necessidade de construir outras, se paralelamente a isso a economia se desenvolver, deixando de se basear em exportação de produtos primários, que exauri a biodiversidade brasileira, para investir em tecnologia.
______________________________________________________________________________________
Última edição por evair em Ter Dez 13, 2011 9:51 am, editado 2 vez(es)