TÍTULO: "Liberdade, igualdade e fraternidade!"
A história da humanidade é mais do que, como dizia Marx, a história da luta de classes. É a história da luta pela liberdade. Os pensadores do século XVII militaram em prol da liberdade individual. Mais recentemente, a juventude brasileira luta pelo fim da proibição da maconha. Paradoxalmente, persistem pensamentos conservadores, como em relação à orientação sexual. A escola tem que ter um papel de destaque na tentativa de mudar esse quadro, canalizando esses pensamentos conservadores a um só: todos somos iguais, independente da cor, da raça ou da opção sexual.
Mais do que preparar o aluno para o vestibular ou para o mercado de trabalho, a escola tem o dever de formar um cidadão. A familia tem um papel importantíssimo, mas é dentro da sala de aula que crianças e jovens convivem com a diversidade cultural, linguística e de pensamentos - entre eles a orientação sexual.
Permanecem ainda métodos ineficazes de combate a homofobia, como a divulgação de filmes cujo enredo possui personagens homossexuais. Esses filmes não levam o jovem a uma reflexão, pelo contrário, podem estimular o aumento do preconceito, pois muitos deles retratam pessoas humilhadas e tidas pelos outros personagens como motivos de "chachota". Dever-se-ia dar mais ênfase à abordagem filosófica, levando o estudante a perceber a heterogeneidade da humanidade, e que inclusive ele pode ter opiniões não compartilhadas pela maioria, abrindo os olhos dele para a necessidade de respeitar o próximo para que ele também o seja.
A inquisição acabou, o nazismo foi derrotado, a escravidão abolida. Precisamos continuar lutando pela erradicação total de qualquer tipo de preconceito ou de restrição à liberdade individual, pois só assim viveremos em um mundo mais harmonioso e, quem sabe, consiguiremos atingir a definitiva paz mundial.