Tema: http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/mackenzie/mackenzie2012_2.asp?img=01
Livre informação
Por muito tempo, o conhecimento ficou restrito às igrejas. Durante a idade média, várias pessoas souberam aproveitar isso e usar o monopólio da informação, que foi conquistado através do armazenamento de livros pelo clero após a queda do Império Romano, para manipular o povo. Graças ao iluminismo, movimento intelectual do século XVII que defendia o uso da razão, isso terminou. O conhecimento se difundiu, com contribuições como a Enciclopédia de d'Alembert, e ficou ao alcance de todos. Trata-se de um direito do homem a informação, e qualquer forma de limitá-la deve ser extinta.
A censura ao dicionário Houaiss, por ter associado termos como "velhaco" aos ciganos, é um desrespeito com o povo brasileiro. Todos concordam que a censura dos governos de Vargas e dos militares era uma afronta à liberdade de expressão. Alguns, entretanto, não percebem a semelhança entre as censuras dessas épocas e impedir um dicionário de transmitir um significado. Impedir um cantor como Gilberto Gil de exercer sua profissão é tão errado quanto controlar um dicionário.
É importante salientar que o trabalho de um dicionarista não é emitir opiniões, mas selecionar os significados que o povo impõe às palavras e compilá-los em sua obra. Ou seja, censurar o dicionário é, em verdade, censurar o brasileiro, pois é impossível controlar o significado que as pessoas atribuem às palavras. Além do mais, no Brasil não há um forte preconceito contra os ciganos. Isso é mais evidente em alguns países europeus, como na França, onde até mesmo os governantes expulsam-nos de seu território, evidenciando que um significado dicionarizado não vai interferir em nada no preconceito, pois ele existe independentemente disso.
Em vez de controlar publicações, o Estado deveria incentivar as pessoas a se aprofundarem na cultura cigana e, em seguida, tirar as próprias conclusões. Essa é a única forma de se desmitificar os estereótipos. Limitar a obra de um profissional da palavra, cujo trabalho contribui para perpetuar o conhecimento, não vai minimizar o preconceito com o povo cigano. A informação deve ser de livre alcance. Isso é um direito do homem moderno, livre do monopólio medieval.
Livre informação
Por muito tempo, o conhecimento ficou restrito às igrejas. Durante a idade média, várias pessoas souberam aproveitar isso e usar o monopólio da informação, que foi conquistado através do armazenamento de livros pelo clero após a queda do Império Romano, para manipular o povo. Graças ao iluminismo, movimento intelectual do século XVII que defendia o uso da razão, isso terminou. O conhecimento se difundiu, com contribuições como a Enciclopédia de d'Alembert, e ficou ao alcance de todos. Trata-se de um direito do homem a informação, e qualquer forma de limitá-la deve ser extinta.
A censura ao dicionário Houaiss, por ter associado termos como "velhaco" aos ciganos, é um desrespeito com o povo brasileiro. Todos concordam que a censura dos governos de Vargas e dos militares era uma afronta à liberdade de expressão. Alguns, entretanto, não percebem a semelhança entre as censuras dessas épocas e impedir um dicionário de transmitir um significado. Impedir um cantor como Gilberto Gil de exercer sua profissão é tão errado quanto controlar um dicionário.
É importante salientar que o trabalho de um dicionarista não é emitir opiniões, mas selecionar os significados que o povo impõe às palavras e compilá-los em sua obra. Ou seja, censurar o dicionário é, em verdade, censurar o brasileiro, pois é impossível controlar o significado que as pessoas atribuem às palavras. Além do mais, no Brasil não há um forte preconceito contra os ciganos. Isso é mais evidente em alguns países europeus, como na França, onde até mesmo os governantes expulsam-nos de seu território, evidenciando que um significado dicionarizado não vai interferir em nada no preconceito, pois ele existe independentemente disso.
Em vez de controlar publicações, o Estado deveria incentivar as pessoas a se aprofundarem na cultura cigana e, em seguida, tirar as próprias conclusões. Essa é a única forma de se desmitificar os estereótipos. Limitar a obra de um profissional da palavra, cujo trabalho contribui para perpetuar o conhecimento, não vai minimizar o preconceito com o povo cigano. A informação deve ser de livre alcance. Isso é um direito do homem moderno, livre do monopólio medieval.