Uma salva de palmas para o Estado
A enfatizada Lei da Palmada tem gerado polêmica e é motivo de discussões nos mais diferentes ambientes da sociedade. No modo de vida contemporâneo, os pais têm cada vez mais dificuldade em impôr limites aos filhos resultando, muitas vezes, em agressões físicas e/ou verbais. Isso pode causar traumas psicológicos irreversíveis na criança. É dever do Estado assegurar a vida e a dignidade humana e as famílias devem reconhecer isso.
O excesso de trabalho e o estresse aliados ao consumismo exacerbado veiculado pela mídia, tornaram o relacionamento entre pais e filhos diferenciado nos últimos anos. Muitas vezes o nervosismo causado pelo trabalho é refletido dentro de casa, descontado nos filhos, que estão se tornando cada vez mais mimados.
Essas agressões causadas muitas vezes pelo estresse cotidiano podem ter uma consequência danosa à criança. Psicologicamente elas são afetadas e podem manifestar um comportamento violento com os colegas, sendo uma das consequências do "bullying". Além disso, transtornos neurológicos como ansiedade e TOC ( transtorno obsessivo compulsivo) também podem ser desencadeados.
Para minimizar os efeitos danosos às crianças, o Estado assegurou a discutida Lei da Palmada, que visa criminalizar os castigos físicos e vexatórios às crianças e adolescentes. Muitos discutem acerca da interferência do Estado na criação dos filhos, mas essa lei vai além disso. Ela assegura sua autoridade perante aos pais no que tange o respeito e a dignidade humana, em favor da vida, princípio esse constitucionalizado.
O que deve ser reconhecido é o papel fundamental dos pais na criação e formação do caráter dos filhos. Uma boa educação, baseada no diálogo e respeito forma cidadãos plenos e ameniza os danos que uma má educação pode gerar. Se ela for levada à sério o Estado não precisará interferir na educação dos pais sobre a criança.
Ulysses Fioresi.
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