Dúbia política
“Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”. Essa frase do ex-presidente norte-americano Hubert Humpherey sintetiza o jogo de interesses que é a política. O contexto de comércio que as campanhas eleitorais atuais ganharam é culpa do eleitor que vende seu voto. A posteriori a culpa é do candidato que vende quando o eleitor é necessitado, ou seja, o político aproveita a falta de opção do cidadão carente.As campanhas políticas são tratadas como grandes comércios: o candidato é o produto e o vendedor, o eleitor é o consumidor e o voto, a moeda. Continuando assim, essa grande empresa chamada Brasil irá falir. Essa analogia concerne ao fato de que a escolha daqueles que irão representar uma determinada região é algo que deve ser pensado e não vendido, pois as consequências dessa decisão poderão ser refletidas em longo prazo.
Há outro ponto de vista que não é culpa dos eleitores, e sim dos candidatos: a troca do voto por necessidades básicas como moradia ou alimento. Essa ordem cíclica a qual eleitores não necessitados vendem seus votos para candidatos desqualificados faz com que haja mais fatores os quais desencadeiam problemas públicos como a pobreza, por exemplo. Isso gera pessoas carentes que tendem a trocar seu voto por bens primários e secundários.
O jargão “cortar o mal pela raiz” se aplica no momento do litígio municipal, estadual ou federal. Afinal o cerne da organização de um país que refletirá nos problemas sociais começa naqueles que representam o povo.