Texto original:
beleza sempre foi encarada como um bem ou um dom a ser usado de forma mais ou menos direta em troca de
amor, reconhecimento, poder ou dinheiro.
Podemos destacar pelo menos dois aspectos interessantes da cultura moderna: o primeiro refere-se à
beleza, que ocupa um lugar cada vez mais preponderante nesse mecanismo de trocas; o segundo é a forma
física ideal – ser magro – que assume nesse contexto uma posição cada vez mais determinante.
A partir da década de 70 foi se consolidando o que podemos denominar de "cultura da esbeltez". As
medidas ideais do corpo diminuíram de forma constante desde a década de 1960. Em clara oposição a essa
tendência, a melhoria das condições de vida e o acesso fácil a uma alimentação mais nutritiva levaram a um
aumento sistemático da estatura e da corpulência das pessoas. Essa contradição, somada à influência que
atualmente a imagem do corpo exerce sobre a auto-estima e o êxito social, além da pressão do modelo de
magreza extrema, explicam por que a anorexia (redução ou perda de apetite) e a bulimia nervosa (apetite
insaciável) deixaram de ser doenças exóticas e já estão batendo recordes epidemiológicos de crescimento entre
as doenças de origem psicogenética.
A esbeltez e a boa aparência apresentam-se como valores altamente positivos que são encarados e/ou
assimilados como condições para alcançar êxito nos relacionamentos com as pessoas do sexo oposto, para
estar na moda ou para se valorizar e fazer-se valer socialmente.
Pesquisas recentes demonstram que as mulheres jovens tendem a associar o excesso de peso com
desleixo, abandono e doença; e a magreza, ao contrário, com modernidade, dinamismo, êxito social, charme,
sensualidade, beleza e segurança pessoal.
Neste sentido, ser capaz de manter um corpo magro é visto como um indicador de autocontrole,
torna-se um fator de concorrência e permite incrementar a auto-estima. Por outro lado, quem não pode se
moldar à exigência de um corpo magro assume esse desafio como um imperativo. Acaba ficando no centro de
uma contradição que é particularmente acentuada na adolescência, período em que se forma e se consolida a
identidade, e a pessoa é mais suscetível e vulnerável às influências externas e às opiniões dos outros.
Justamente por isso a introjeção desses valores e ideais é particularmente intensa e nociva entre os
adolescentes. Isto resulta em um problema, na medida que se está produzindo uma mudança de sentido da
imagem corporal, que passou a fazer parte da identidade e a assumir cada vez mais o seu ponto central.
Resumo:
Adequação. Essa palavra resume os paradigmas estabelecidos pela sociedade em relação a estética durante todo o tempo histórico. Hoje a "cultura da esbeltez" predomina e ratifica um grupo social cada vez mais consolidado. Uma aparência adequada para os moldes sociais cria condições para alcançar objetivos na área pessoal e profissional. com isso, há valorização da autoestima e do autocontrole. Todo esse contexto se insere no "mundo adolescente" de maneira mais fácil, sendo esses mais suscetíveis a opiniões externas. Sendo assim, a beleza é cada vez mais centralizadora e maniqueísta onde há predominância da beleza em si e da forma física ideal.
O resumo foi escrito por mim. Corrijam, por favor. Abraços.
Em busca do corpo ideal
Sempre houve critérios estéticos sobre os quais as sociedades estabeleceram seus próprios padrões, e abeleza sempre foi encarada como um bem ou um dom a ser usado de forma mais ou menos direta em troca de
amor, reconhecimento, poder ou dinheiro.
Podemos destacar pelo menos dois aspectos interessantes da cultura moderna: o primeiro refere-se à
beleza, que ocupa um lugar cada vez mais preponderante nesse mecanismo de trocas; o segundo é a forma
física ideal – ser magro – que assume nesse contexto uma posição cada vez mais determinante.
A partir da década de 70 foi se consolidando o que podemos denominar de "cultura da esbeltez". As
medidas ideais do corpo diminuíram de forma constante desde a década de 1960. Em clara oposição a essa
tendência, a melhoria das condições de vida e o acesso fácil a uma alimentação mais nutritiva levaram a um
aumento sistemático da estatura e da corpulência das pessoas. Essa contradição, somada à influência que
atualmente a imagem do corpo exerce sobre a auto-estima e o êxito social, além da pressão do modelo de
magreza extrema, explicam por que a anorexia (redução ou perda de apetite) e a bulimia nervosa (apetite
insaciável) deixaram de ser doenças exóticas e já estão batendo recordes epidemiológicos de crescimento entre
as doenças de origem psicogenética.
A esbeltez e a boa aparência apresentam-se como valores altamente positivos que são encarados e/ou
assimilados como condições para alcançar êxito nos relacionamentos com as pessoas do sexo oposto, para
estar na moda ou para se valorizar e fazer-se valer socialmente.
Pesquisas recentes demonstram que as mulheres jovens tendem a associar o excesso de peso com
desleixo, abandono e doença; e a magreza, ao contrário, com modernidade, dinamismo, êxito social, charme,
sensualidade, beleza e segurança pessoal.
Neste sentido, ser capaz de manter um corpo magro é visto como um indicador de autocontrole,
torna-se um fator de concorrência e permite incrementar a auto-estima. Por outro lado, quem não pode se
moldar à exigência de um corpo magro assume esse desafio como um imperativo. Acaba ficando no centro de
uma contradição que é particularmente acentuada na adolescência, período em que se forma e se consolida a
identidade, e a pessoa é mais suscetível e vulnerável às influências externas e às opiniões dos outros.
Justamente por isso a introjeção desses valores e ideais é particularmente intensa e nociva entre os
adolescentes. Isto resulta em um problema, na medida que se está produzindo uma mudança de sentido da
imagem corporal, que passou a fazer parte da identidade e a assumir cada vez mais o seu ponto central.
Resumo:
Em busca do corpo perfeito
Adequação. Essa palavra resume os paradigmas estabelecidos pela sociedade em relação a estética durante todo o tempo histórico. Hoje a "cultura da esbeltez" predomina e ratifica um grupo social cada vez mais consolidado. Uma aparência adequada para os moldes sociais cria condições para alcançar objetivos na área pessoal e profissional. com isso, há valorização da autoestima e do autocontrole. Todo esse contexto se insere no "mundo adolescente" de maneira mais fácil, sendo esses mais suscetíveis a opiniões externas. Sendo assim, a beleza é cada vez mais centralizadora e maniqueísta onde há predominância da beleza em si e da forma física ideal.
O resumo foi escrito por mim. Corrijam, por favor. Abraços.