Tema: Privatização das penitenciárias brasileiras: solução ou extensão do caos?

Saúde, educação e cultura. Direitos inegáveis a qualquer cidadão e função inicialmente do Estado já foram concedidos à iniciativa privada. Portanto, seguindo a lógica neoliberalista, não é de se espantar que a segurança também fosse designada às mãos de empresários.
De acordo com a concepção de obtenção de lucro do sistema capitalista, os presidiários viraram mercadorias e o corte de gastos é necessário para alcançar superávit cada vez maior. Sendo assim, segundo esse modelo, o encarceramento em massa continuará existindo e a duração das penas serão mais longas, não preocupando-se com o real compromisso das cadeias: a recuperação de pessoas.
Seguindo o modelo penitenciário norte americano, o trabalho e o estudo dentro dessas instituições seriam formas de reintegração desses indivíduos na sociedade. Entretanto, há indícios de exploração de sua mão-de-obra, pois além de receberem salários menores e não possuírem benefícios, tornaram-se consumidores dos produtos fabricados por eles mesmos.
Sendo assim, funcionando como indústria da corrupção e violência, o investimento em marketing é perceptível e a preocupação com o lucro está acima da ressocialização dos detentos. Desse modo, é necessário repensar no conceito de prisão e no que está em jogo além dos interesses particulares.