O livre perigoso
O corriqueiro adágio de que o pior cego é o que não quer ver, se aplica com perfeição ao atual estágio da informatização da informação: desconhecer ou tentar ignorar os incríveis avanços, por ela alcançados, é impossível.Para quem assistiu ao filme “Tempos Modernos”, com Charles Chaplin, tem em memória a situação no qual se encontrava os métodos, primitivos, de veiculação da informação, contrastado pelo título; desse mal o Brasil não passa mais. Vive-se, porém, a época da pós modernidade, onde há uma exposição exagerada do privado, vai-se ao banco, pessoas são monitoradas, caminha-se pelas ruas, também são monitoradas, vai-se à escola, e até aí se é monitorado, contudo, segundo um delegado de policia em entrevista à Rede Globo de Televisão, é um exagero necessário, devido ao aumento exponencial da violência.
“Em nossas casas não estamos seguros”, afirma um adolescente, após prestar queixa em uma delegacia em São Luís, Maranhão, por ter seus dados e arquivos pessoas expostos ao público à rede mundial de computadores, evidenciando a fragilidade de algumas ferramentas dos meios de comunicação informatizados, “twitter”, Orkut e MSN que, de acordo com interrogatórios pela polícia aos “criminosos virtuais”, são mais fáceis de burlar a segurança.
Muito se é investido no ciclo virtuoso e vicioso do consumo, vencida está a barreira da quantidade, mas a da qualidade ainda falta, a qualificação da educação e uma melhor distribuição da renda nacional, faz-se necessário para que se tenha uma vida social sadia.