Título: Copa e sustentabilidade
Passados mais de 60 anos, o país do futebol sediará um dos maiores eventos esportivos do mundo. Isso, sem dúvida, pode tornar-se algo extretamente positivo, mas, para isso, o país precisa utilizar o evento como uma forma de diminuir os problemas nacionais, não pensando apenas em escalações e hexacampeonato, pois um evento dessa magnitude pode movimentar muito a economia brasileira.
Analisemos, como exemplo, as consequências da Copa de 2010 para a África do Sul. Inúmeras coisas foram prometidas, mas poucas cumpridas. A oferta de emprego e a melhoria em saúde ocorreram de forma isolada, e muita coisa foi abandonada, como a questão dos desalojamentos: muitas pessoas continuam esperando pelas novas e melhores casas que foram anunciadas. Alguns estádios sul-africanos transformaram-se em "elefantes brancos", altamente deficitários, com arrecadação muito inferior aos gastos com sua manutenção.
Não podemos deixar também os interesses da Fifa sobrepondo-se aos nossos. Infelizmente, começamos de forma errada nesse aspecto, alterando as legislações dos estados e autorizando a venda de bebidas alcoólicas neles e em regiões ao seu redor, apenas para favorecer as empresas vinculadas à FIFA. Sabemos que o álcool já causou e continua causando várias brigas entre torcedores, e isso pode se intensificar com a liberação. Os investmentos em saúde, infraestrutura e transporte não podem ser feitos de forma isolada e se estagnarem após a Copa. Haverá, certamente, um forte esquema de segurança e, como de costume, as favelas cariocas serão militarizadas. Até quando resolveremos nossos problemas de violência com o exército? Por que não erradicamos a violência dando condições dignas de vida às pessoas?
O futebol tem muitíssima importância cultural, mas o Brasil tem problemas muito mais sérios a resolver. A Copa precisa ser construída de forma sustentável. Gastar com chuteiras, melhoramento de gramados, fabricação de bolas e uniformes não é mais importante que investir em melhorias na saúde, no sistema de ensino, nas estradas, na distribuição de riquezas, no saneamento básico e na alimentação. Aproveitemos da melhor forma essa oportunidade!
Passados mais de 60 anos, o país do futebol sediará um dos maiores eventos esportivos do mundo. Isso, sem dúvida, pode tornar-se algo extretamente positivo, mas, para isso, o país precisa utilizar o evento como uma forma de diminuir os problemas nacionais, não pensando apenas em escalações e hexacampeonato, pois um evento dessa magnitude pode movimentar muito a economia brasileira.
Analisemos, como exemplo, as consequências da Copa de 2010 para a África do Sul. Inúmeras coisas foram prometidas, mas poucas cumpridas. A oferta de emprego e a melhoria em saúde ocorreram de forma isolada, e muita coisa foi abandonada, como a questão dos desalojamentos: muitas pessoas continuam esperando pelas novas e melhores casas que foram anunciadas. Alguns estádios sul-africanos transformaram-se em "elefantes brancos", altamente deficitários, com arrecadação muito inferior aos gastos com sua manutenção.
Não podemos deixar também os interesses da Fifa sobrepondo-se aos nossos. Infelizmente, começamos de forma errada nesse aspecto, alterando as legislações dos estados e autorizando a venda de bebidas alcoólicas neles e em regiões ao seu redor, apenas para favorecer as empresas vinculadas à FIFA. Sabemos que o álcool já causou e continua causando várias brigas entre torcedores, e isso pode se intensificar com a liberação. Os investmentos em saúde, infraestrutura e transporte não podem ser feitos de forma isolada e se estagnarem após a Copa. Haverá, certamente, um forte esquema de segurança e, como de costume, as favelas cariocas serão militarizadas. Até quando resolveremos nossos problemas de violência com o exército? Por que não erradicamos a violência dando condições dignas de vida às pessoas?
O futebol tem muitíssima importância cultural, mas o Brasil tem problemas muito mais sérios a resolver. A Copa precisa ser construída de forma sustentável. Gastar com chuteiras, melhoramento de gramados, fabricação de bolas e uniformes não é mais importante que investir em melhorias na saúde, no sistema de ensino, nas estradas, na distribuição de riquezas, no saneamento básico e na alimentação. Aproveitemos da melhor forma essa oportunidade!