Infeliz felicidade
Correntes filosóficas tentaram definir o que é a felicidade. Para René Descartes, a felicidade é uma interpretação, algo que é dúbio em cada situação. Para os epicuristas gregos do século V A.C., a felicidade está no prazer. Em uma corrente mais contemporânea, a pergunta certa a ser feita é: “o que há de errado com as pessoas que sentem tal sentimento?”. A felicidade é uma interpretação, um ponto de vista: aquilo que gera felicidade em um, pode não o fazer em outro. Os epicuristas buscam o prazer como objetivo da felicidade, os estoicos, outra linha de pensamento grega, acreditam que a felicidade é o destino de todos. Para muitos, ser feliz está no objetivo a ser alcançado, para outros, está no caminho feito para o alcançar.
Talvez nada esteja errado com a felicidade, e sim com as pessoas que a vivem. Em uma sociedade cada vez mais materialista, o sentimento demonstrado por muitas vezes é tido como uma fraqueza, gerando indivíduos cada vez menos humanos e menos felizes. O erro está em pensar que o ter é mais importante do que o ser ou o estar.
A felicidade não é algo que deva ser entendido, e sim buscado. Ser uma pessoa querida ou estar com pessoas queridas é um dos objetivos ou caminhos para encontrar aquela. Não há nada de errado com a felicidade. O erro está na maneira como a se busca.